Posted on: 11 de abril de 2021 Posted by: Teia dos Povos Comments: 0

A série TERRA, TERRITÓRIO e AUTONOMIA é organizada pelo Núcleo de Pesquisas sobre Espaço, Política e Emancipação Social (NEPES-UFOPA) e pelo Núcleo de Estudos Território e Resistência na Globalização (NUREG-UFF).
Queremos dialogar com lutadoras(es) da América Latina que têm a autonomia como horizonte de pensamento e ação, apontando para “um mundo onde caibam muitos mundos”.
No primeiro encontro conversaremos com Casé Angatu Xukuru Tupinambá, da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC, Ilhéus, Bahia), Mestre Joelson Ferreira, da Teia dos Povos, e Raúl Zibechi, educador popular e jornalista uruguaio.
Na mediação, o coordenador do NEPES Rafael Zilio e o coordenador do NUREG Timo Bartholl.

Transcrição de trechos da live transmitida em 06/04/2021.

 

Raúl Zibechi

O que significa lutar por autonomia? Por que autonomia é tão importante para nós?

O sistema Capitalista é colonial, racista, patriarcal. Esse sistema luta para homogeneizar o mundo. Para homogeneizar a todas as pessoas do mundo, para convertê-los em consumidores de mercadorias.

Lutamos por autonomia porque somos diferentes. Para continuar sendo diferentes precisamos desta autonomia.

Não é uma questão ideológica.

Muitos militantes da Esquerda e do campo acadêmico acreditam que a luta por autonomia é porque se tem lido alguns autores, algumas tendências políticas. Mas não.

Autonomia é uma forma de resistência, um caminho, para seguir sendo povos diferentes. Se não temos autonomia, nossa diferença será eliminada. E com essa diferença eliminada, não tem mais sentido seguir sendo povos.

Porque a característica principal dos povos, sua cultura, sua identidade, sua língua, são consequências dessa diferença.

Essa autonomia no sistema Capitalista é uma autonomia defensiva. É uma autonomia para defender nossos povos e nossos territórios dos ataques do sistema Capitalista.

Uma segunda questão importante é  porque o Capitalismo tem mudado. Nos últimos 40 anos é um sistema de guerra contra os diferentes, contra os povos.

Porque o Capitalismo cresce, acumula, conquistando povos e territórios para converter a natureza em mercadoria, em commodities. Para controlar a natureza o Capital deve expulsar os povos dos territórios.

Povos sem territórios não podem viver.

A autonomia territorializada é uma forma de enfrentar o avanço do Capitalismo. Só os povos vivendo em territórios autônomos podem cuidar da integridade da natureza.

Com o avanço do Capitalismo, a Amazônia, o Cerrado, os mais diferentes biomas, serão homogeneizados. O sonho do Capital é que todo o mundo seja como o espaço do agronegócio.

A terceira questão é que vivemos numa pandemia. A saúde das pessoas e a saúde da terra são questionadas pela pandemia do Capital.

O vírus existe. A pandemia é real. Mas o sistema Capitalista aproveita para avançar na exploração dos povos e da natureza.

No meio da pandemia os povos tem feito uma luta pela sobrevivência. A pandemia é uma consequência da destruição dos biomas, da destruição das florestas, da destruição da natureza. Defender a natureza é uma forma também de lutar contra a pandemia.

A idéia de autonomia tem duas histórias.

Uma história européia, da filosofia européia, da política européia. Que é uma declaração política: “– Nós somos autônomos”. Seja do Estado, da igreja, etc…

Mas nos povos da América Latina, a autonomia é integral. Não pode ser somente uma declaração política.

Deve ser autonomia de alimentação, de forma de cultivar os alimentos, autonomia na saúde, na educação, uma educação própria, autonomia para defender a terra, formas de auto-defesa coletiva.

Autonomia não tem sentido como uma questão individual, mas como uma questão comunitária.

Os autores europeus falam prioritariamente da autonomia dos cidadãos, dos indivíduos.

Nós falamos da autonomia comunitária.

Uma autonomia que tem uma língua própria. E defende sua língua.

Uma autonomia que tem formas própria de organização, diferentes do Estado-Nação.

Tem justiça própria. Uma forma própria de fazer justiça. Não uma justiça punitiva. Não uma justiça de destruição da pessoa. Mas reconquistar a harmonização da comunidade. Esse é o sentido da justiça.

Autonomia é uma das características políticas mais importantes dos povos neste período da História. Porque autonomia é também um projeto de lutar contra o sistema Capitalista.

Se todos os povos construírmos um espaço de autonomia, podemos por um limite ao avanço do Capitalismo.

Mas autonomia não é só uma questão dos povos indígenas, dos quilombolas, nas áreas rurais. Os bairros nas periferias urbanas também podem se organizar de uma forma autônoma.

Muitos bairros na América Latina tem começado a caminhar para a autonomia, para resolver os problemas da pandemia no coletivo.

São poucas pessoas e passos pequenos, porque a periferia urbana é um espaço muito ruim para trabalhar.

É um clima terrível. A polícia militar, o tráfico, a milícia. Mas neste espaço tão difícil se tem situações em que os vizinhos se organizam para alimentação, saúde, escola, com a idéia de autonomia.

Para a maior parte da população de baixo, o Estado e o Capital não importam. Se esta população de baixo morre com a pandemia, o Capital continua acumulando. Porque a acumulação do Capital já não depende da exploração desta força de trabalho. Esta maior parte da população não participa do consumo.

Nesta situação são povos que sobram, povos descartáveis que se pode atirar ao lixo.

Mas neste “lixo” onde vivemos, em muitos casos espaços belíssimos, os povos estão fazendo espaços de resistência. Para re-existir como povos precisamos, exigimos, construímos autonomia.

Autonomia para impedir que o Estado e o Capital invadam nossos territórios e façam sua grande destruição.

Casé Angatu Xukuru Tupinambá

Nós indígenas já somos um mundo onde cabe muitos mundos. Isso não é um porvir. Já existem mundos onde cabem vários mundos.

Mundo que tem pulsação, que são mundos autonomistas, que já praticam autonomia no seu cotidiano.

Isso se percebe em vários povos originários. Mas se percebe também nas periferias, nas favelas. Nas várias formas de coletivos.

Esse mundo onde cabem vários mundos não é uma utopia, ele é algo já real. Trata-se de fortalecer o que já existe em prática.

Eu não estou falando no sentido da micropolítica, de se ter uma vaso de xaxim em casa. Ótimo! Viva os vasos de xaxim! Estou falando além disto. De coletivamente fortalecer formas alternativas ao Estado.

Formas que se opõe à mercantilização da vida, do espaço e da natureza. Que se opõe ao Capitalismo.

Por que o Estado e o Capital é genocida e etnocida em relação aos povos originários? Porque em nossa essência, em nossa forma de ser, nós somos uma outra possibilidade de mundo, de existência.

Por isto somos colocados como inimigos naturais pelo Estado e pelo Capital. Não são os povos indígenas que declaram guerra ao Estado, é o Estado e a elite capitalista que nos declara guerra há 521 anos, desde as invasões portuguesas.

São também 521 anos de resistência e re-existência.

O Estado tenta cooptar, pegando formas de sermos para dar uma roupagem de sustentabilidade, empreendedorismo. Tem mídia especializada em pegar entre nós exemplos de pessoas, e não de coletivos, que “deram certo”.

E para aqueles que não aceitam a cooptação, que eu chamo de etnocídio, resta o quê? Resta as históricas “guerras justas”, que é o silenciar, o invisibilizar, o negar e mesmo o matar – o genocídio

Por isto quando dizemos que já existem outros mundos pulsando autonomia e alteridade, algumas pessoas falam: “- Aonde? Existe mesmo?!”

Porque existe um apagar, um silenciar, dessas formas alternativas.

A luta por autonomia não pode ser uma teoria. Ela pode até ser teorizada. Mas ela é uma prática. São práticas já existentes.

Não queremos decolonizar ou ganhar para a luta autonomista o Bolsonaro, os Deputados do Congresso, Senadores. Eu quero essa gente prá lá. Não são iguais a nós. Não são!

A quem temos que mostrar que elas já estão sendo autônomas no dia a dia? Às pessoas que são meus pares.

Quando os moradores em situação de rua, na Cracolânida, se auto-organizam para enfrentar a autonomia, para enfrentar a miséria, isto é luta autonomista.

Aqui na comunidade Tupinambá de Olivença, quando chegou a doença em Março, não veio nenhum panfleto informativo, não veio máscara, não veio álcool-gel, não veio remédio, não veio cesta básica.

O que nós Tupinambás tivemos que fazer? Autonomamente fizemos a auto-barreira sanitária.

O Estado até hoje ainda não homologou a demarcação das terras Tupinambás, publicada no Diário Oficial em 2009. O que fazem os Tupinambás? Auto-demarcam. Fazem a retomada.

O que é uma retomada? É pegar, entrar naquilo que sempre foi nosso. Mas não como propriedade privada. Mas numa relação de pertencimento.

Nosso direito à terra é anterior ao Estado. Queremos a terra como relacionamento. Nós somos a própria terra.

O território Tupinambá não foi homolado, seja nos governos chamados de democráticos, seja no governo atual fascista miliciano.

Os Tupinambás se auto-determinam e autonomamente demarcamos nosso território, cerca de 80% já está demarcado.

É claro que temos que derrubar os fascistas que estão no poder. Mas a entrevista que eu li do Lula, na semana passada, ele se insinuou pro mercado, pro Capital.

E aí eu pergunto: novamente os povos indígenas e quilombolas vão ser moeda de troca?

Esses donos do poder econômico e político possuem medo daquilo que foge do controle do Estado. Qualquer coletivo que foge do controle do Estado, que é um agente do Capital, causa medo.

Vou citar os parentes Zapatistas, que lançaram uma Declaração pela Vida agora em Janeiro. Eles dizem que a sobrevivência da humanidade depende da destruição do Capitalismo.

Os povos originários quando estão na sua relação originária com a Terra não é uma relação mercantil, mas uma relação de convívio, de troca. Dos seres humanos, que somos nós, com os seres não-humanos, que não são só os animais.

São as pedras, que é um rio, que é um trecho de lagoa, que é o zunido de uma ave, que é o vôo de um pássaro.

Quando estamos em relação com os seres não-humanos, não estamos numa relação de propriedade, de possuirmos ou eles nos possuírem. E isto não bate com o Capital e com o seu Estado, seja ele na forma democrática ou não.

No dia 31/01/2019, assim que Bolsonaro tomou posse, a primeira mobilização que teve foi a indígena. Fomos nós povos originários que fomos para as estradas e as ruas.

Porque nós sabíamos que ele seria contrário a nós.

No México e na Guatemala saíram candidatos indígenas à Presidência da República. Não para disputar necessariamente o poder do Estado, mas para demonstrar o quanto o Estado está ausente na vida de muitas pessoas.

Na Guatemala, Telma Cabrera tinha entre suas propostas a criação de um Estado plurinacional, com autonomia para as diferentes etnicidades existentes, e nacionalizar todas as empresas e serviços que foram privatizados.

Alguém aqui no Brasil ouviu falar de Telma Cabrera? Algum elemento de mídia, inclusive esses  que se dizem de-coloniais, citaram Telma Cabrera?

No Equador em 2019 a CONAIE desencadeou jornadas de luta contra o governo.

No Chile é um exemplo as Jornadas Indígenas. Os meus parentes Mapuche. Eles dizem assim: “- Nós Mapuches não somos chilenos, não somos argentinos. Nós somos um povo que tem nosso território invadido. Nós queremos nossa autonomia.”

E qual o preço que o Mapuche paga? É um dos grupos indígenas mais violados e violentados pelo Estado.

Se declarar indígena não é o grande problema para os Estados. O maior problema é você se declarar indígena e ter direito ao território.

E também o protagonismo feminista indígena. Recomendo a leitura de Julieta Paredes e Silvia Rivera Cusicanqui.

A resistência como uma luta política contra o Estado é mais evidente, fica mais estampada quando se para uma estrada, quando se lança um manifesto.

Mas essa re-existência que nós originários temos não é só na língua, é na sua cultura, na sua tradição, na forma de ser, de se relacionar com o outro.

Não é um porvir. Nós já somos um mundo onde caibam vários mundos. Nós já somos este mundo alternativo que tentam apagar.

Joelson Ferreira

A Teia dos Povos trabalha para construir uma grande aliança indígena, negra e popular.

Porque nós entendemos, eu vou falar do velho Raul Seixas, que nós temos que ir para o princípio, prá ver se a gente consegue chegar o fim, e ter um meio possível para construir algo que para a sociedade capitalista é impossível: a convivência pacífica entre todos os povos, e principalmente com a Pacha-Mama, com a Mãe Terra.

E temos a agroecologia não pra ficar fazendo palavras e mais palavras, discursos e mais discursos. A agroecologia é um processo de transição e de construção de uma perspectiva de harmonização dos povos da terra.

Mas com um diferencial muito grande, que é romper com todas as formas do sistema capitalista. Para nós, dentro do Capitalismo não há possibilidade para nossas vidas.

Entendemos que não há possibilidade de fazer a luta radical que precisamos fazer contra o Capitalismo e contra o Império, se nós não radicalizarmos o nosso modo de vida.

E se não radicalizarmos a luta para defender a nossa Mãe Terra, para defender os territórios e para construir comunidades.

Não há possibilidade da gente avançar neste luta contra esses fortes inimigos, se nós não temos base no princípio. E o princípio para nós é Terra, Território, construção de autonomia, construção de comunidade.

Agora nós temos que ter claro que essa questão da autonomia não será obra de políticas públicas. Não é obra do que a gente está chamando de merenda. Dessa coisa da concessão do Estado, da concessão dos políticos, dos governos. Não é concessão do Império.

Isso será uma obra do povo!

Da radicalidade do povo numa luta radical em defesa da Terra e do Território. E de outros princípios fundamentais para que a vida possa florescer com grandiosidade na nossa Mãe Terra.

Neste sentido estamos trabalhando para convencer companheiras e companheiros que estão nessa ilusão de em 4 em 4 anos resolver nossos problemas.

Estamos tentando convencer a deixar as pequenas coisas que nos separam, e buscar as grandes coisas que nos unificam.

No Brasil o Capitalismo no campo fez uma destruição e levou nossa população para os centros urbanos, que hoje estão numa situação muito difícil. A Babilônia já começou a ruir há muito tempo.

Esse sistema não precisa mais de nós. Não precisa mais de 90% da população. Não querem mais nós dentro do sistema. Nem como escravos!

Nós na América temos um passado de lutas, de resistência, extraordinário. E muitas vezes a gente fica procurando em outras lugares. Na Europa, em outros países.

Então nós temos que beber primeiro nessa fonte. Buscar essa fonte da nossa resistência. Buscar essa fonte da nossa ancestralidade. Buscar essa fonte no nosso passado. Prá que a gente entenda a luta de resistência do nosso povo.

Aqui no Brasil a gente precisa compreender a luta de resistência dos povos originários. Como esse povo conseguiu numa época difícil resistir e existir.

Como é que o povo de Palmares resistiu 100 anos de enfrentamento contra tudo e contra todos.

Como é que Canudos, na Bahia, conseguiu derrotar quatro expedições do exército brasileiro. Um povo no semi árido, na caatinga, numa dificuldade muito grande, e conseguiu ser uma referência, um exemplo.

E a gente tem que buscar também em outras lutas. Na Balaiada. Em todas as lutas do nosso povo buscar esse conhecimento para a resistência.

Para que a gente possa entender que nós somos um povo de luta e de enfrentamento. Para que a gente possa sair dessa discussão que somos um povo pacífico. Um povo que aceitou essa situação de calamidade sem lutar e sem resistir.

Nós temos que buscar esse conhecimento da nossa grande espiritualidade prá gente ter força e capacidade.

Inclusive trazer para nossa luta, para nosso ser, para nossa comunidade, esses espíritos de luta e de guerra que estão vagando sobre o mundo sem ter um pouco de esperança que nós vamos dar continuidade à luta de nossos antepassados.

Temos que buscar essa questão para entender também esse momento que estamos passando.

Esse momento que estamos passando, os povos originários há muito tempo já passaram por coisa mais difícil do que esta. Tribo que foi dizimada, por varíola, por sarampo, por gripe, por uma série de epidemias que aconteceram nesse país.

Nesse momento muito difícil nós precisamos não perder a esperança, não perder a capacidade de luta e não perder a necessidade dessa busca ancestral, dessa busca da espiritualidade, prá gente reverter esse quadro que está aí.

Para nós da  Teia dos Povos o princípio é a Terra e o Território. E sem autonomia não temos possibilidade de enfrentar.

E autonomia prá nós é a autonomia das simples coisas. Nós precisamos da autonomia das sementes. Nós precisamos de autonomia dos nossos alimentos.

E precisamos construir um processo de trabalho e renda para a busca da autonomia. Aqui na Bahia estamos propondo recuperar um super alimento, que é o cacau.

Um alimento dos povos Aztecas, do povo Maia, dos povos pré colombianos, que foi um instrumento extraordinário e inclusive é moeda até hoje.

E com referência do povo Zapatista. Quando vi aquelas experiências do café rebelde, a gente começou a entender que era preciso também construir o chocolate rebelde.

Através desse trabalho de renda e autonomia a gente pode construir uma grande aliança com os povos latino-americanos.Uma aliança baseada no trabalho, na questão prática, do dia a dia.

Se nós buscarmos essa questão do cacau e do chocolate, que é dos povos originários, do povo preto, dos sistemas agroflorestais, podemos fazer uma aliança com os países latino-americanos. E enfrentar as transnacionais.

E através disto construir outra aliança fundamental, com os povos africanos.

Essa aliança não é uma aliança de palavras, não é uma aliança de conchavo, uma aliança espúria. É uma aliança de fato, que remete a gente a enfrentar a realidade.

Nós temos várias tarefas importantes, desde a organização da luta para retomada de nossos territórios, auto-demarcação de nossos territórios, reconquistar mais territórios.

E começar a construir um projeto de autonomia baseado na nossa força, na nossa organização. E buscando a unidade de nossos povos para essa grande luta que precisamos fazer no enfrentamento do Capital e do Imperialismo.

Mahatma Ghandhi tem um exemplo muito grande quando foi enfrentar o Império Britânico. Quando ele percebeu que não ia derrotar o Império usando as roupas do Império, usando a comida do Império, ele entendeu os seus antepassados.

E retirou todas as roupas e os produtos ingleses, e começou a fiar sua própria roupa e construir a sua própria autonomia.

Depois veio essa grande referência, quando se disse que a História tinha acabado e que a hegemonia norte-americana seria a referência para a humanidade.

O exército Zapatista se levantou e disse “Não é verdade! O mundo não acabou e nós estamos de pé em cima do nosso território”.

Salve todos os povos que estão lutando para nós resistirmos e construirmos uma perspectiva para 90% da humanidade.

vídeo:


sobre Caminhar para a Autonomia:

  • aborda casos concretos de comunidades e territórios com lutas e experiências em seu processo de conquistar autonomias;
  • um passo além dos Diários da Pandemia, até mesmo porque muito embora a pandemia prossiga é impositivo florescer territórios para além dela;
  • envolve também um diálogo com o livro “Por Terra e Território: os Caminhos da Revolução dos Povos no Brasil”, com as caminhadas que este propõe, para divulgar não só situações já existentes como aquelas que surjam a partir de sua leitura.

acesse a série completa: aqui


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