MESA
“Como podemos construir um movimento agroecológico que perceba que a luta pelo território não é só no campo? Que também precisamos lutar pela dignidade nos territórios urbanos de periferia, para que eles comunguem com a defesa do território rural.”
* * *
“Morra em pé, mas não morra ajoelhado. Enquanto tiver um tupinambá de pé, nós vamos lutar, pois os que recuaram morreram.”
“A questão agroecológica é algo que nós indígenas sempre ‘viveu’. Até os portugueses chegarem a gente vivia uma relação íntima e harmônica com a natureza. Quando víamos que um lugar estava saturado pelo povoamento, saíamos para outro espaço para deixar o lugar onde estávamos se recuperar. Depois, começamos a cultivar plantas para melhorar a rotatividade e respeitar a Mãe Terra. Os portugueses que chegaram tentaram forçar nossa rendição e a perda dos nossos costumes.”
“A educação de hoje é uma lavagem cerebral para que ninguém se sinta índio, negro e brasileiro. Eu não aceito essa educação perpetuada com discriminação e destruição. A Universidade tem que ser tomada e dada a quem sabe o que é educação, a ensinar o que é nosso.”
* * *
“Classe é uma construção coletiva.”
“A vontade é uma força que mora dentro de cada coisa, viva ou morta. Vontade do conhecimento, da consciência. Ninguém tem vontade de desaprender.”
“Existem três questões importantes para a luta da Agroecologia: não se desligar do conflito, da educação e da nossa associação enquanto humanos.”
* * *