Posted on: 5 de junho de 2021 Posted by: Tinkamo Comments: 5

No dia 03 de junho de 2021 no Assentamento C.Marighella em Santa Maria RS, aconteceu o primeiro encontro do projeto “Da Semente ao Prato”. Elaborado pelo Guandu Grupo Agroecológico, a proposta está articulada através da Teia dos Povos em Luta no RS e da Campanha de Luta por Vida Digna, tendo como objetivo estreitar as relações entre os povos do campo e da cidade, estabelecendo um processo de troca de conhecimentos e práticas em agroecologia visando o acesso a terra, alimentação saudável e buscando a construção e luta por uma vida digna.

A atividade reuniu lutadoras e lutadores da Ocupação Vila Resistência, voluntários e apoiadores. Iniciamos com uma roda de conversa sobre a importância de construirmos uma aliança popular, buscando a soberania alimentar e energética em nossos territórios, e também sobre a relação direta entre alimento e ancestralidade. Fizemos uma visitação no Território e nas áreas de lavoura e colhemos o milho cateto Guarani roxo, que será mandado para os guarani-kaiowá no Mato Grosso do Sul. Foi feita uma apresentação do histórico de conquista do assentamento e sobre nosso processo de resgate e conservação das sementes crioulas.

Houve também troca de sementes e saberes, focando nos temas da agroecologia e da alimentação saudável, complementados por um almoço agroecológico com alimentos produzidos pelo Assentamento, pelo Mutirão Grupo de Trabalhadores da Terra, retomada Xokleng Konglui e pela Comuna Pachamama.

Ao fim do dia colhemos mandioca, batata doce e bergamotas junto às famílias para levarem para suas mesas em suas casas.

O projeto tem a intenção abrir espaço em nosso território para pessoas da periferia de Santa Maria e demais interessadas/os em agroecologia que necessitam ou queiram produzir alimento e renda de forma digna em parceria com comunidades organizadas, grupos e coletivos com inserção social para possibilitar o fortalecimento de hortas e cozinhas comunitárias. Ao priorizarmos mulheres, LGBTQIA+ e pessoas em vulnerabilidade social, visamos a criação de uma rede de apoio para que essas pessoas, que tem seus direitos negados, possam decidir a produção de seus alimentos e de suas vidas desde a semente até o modo de preparo, pois entendemos a comida não só como alimento para nutrir o corpo e a alma, mas também como ferramenta de emancipação dos povos através dos tempos.

Agroecologia, autonomia e vida digna para os povos!

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