Num condomínio de alta classe média na região metropolitana de Belo Horizonte (MG) revela-se um inusitado tesouro: a história de Renato Resende e uma “agrofloresta de fundo de quintal”.Não importa onde se esteja, 0tampouco a inserção sócio-econômica, porque o fundamental é ouvir e atender na prática a um duplo chamado.Subindo do centro da Terra e descendo do alto dos céus, uma convocatória a uma grande transformação: nos reconectarmos com nós mesmos, uns com os outros e com a própria Vida.Estamos numa trágica situação na qual o Capitalismo ostenta sem disfarce e com toda violência sua macabra e principal palavra de ordem: Viva a morte!Esta é uma guerra de extermínio. Nossa sobrevivência depende de lançarmos as fundações de um outro modo de vida. E de tecermos em conjunto uma grande aliança: a Teia dos Povos.Morra a morte! Viva a Vida!
Colheita da nossa agrofloresta fundo de quintal.
Ontem foi dia de renovação
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Dois canteiros foram renovados e mais poda nos outros
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Açafrão, inhame, batata-doce, e? O que é?
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Ginseng brasileiro e gengibre
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O que está nas garrafas?
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Conserva de gengibre(fantástico)e ginseng desidratado.
Ginseng agroflorestal vc encontra o Kilo com o preço nas alturas. Planta generosa
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Fácil demais. Vc lava, seca, corta num processador doméstico( meu caso) e coloca no quintal durante o dia para desidratar no sol. Depois acaba de processar. Uns dois a três dias está pronto.
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Não. Um tanque de tilápia
Sisteminha Embrapa, tipo.
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Que loucura! Vc mora aí?
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Sim. Fundo do lote
Temos em torno da casa e na frente da casa. Aproveitamos tudo.
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Até palmeira Juçara temos plantado. Claro vai demorar. Mas esperamos
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O que está plantado no fundo?
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É um talude que aproveitamos para plantar frutíferas, mandioca e margaridao( matéria orgânica)
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E lá atrás é cerca-viva?
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Vc escolheu os produtos tb pensando em retorno financeiro? Pq são todos produtos caros.
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Não. Facilidade de cultivo. Só plantar, colher e processar.
Altamente generosos.
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Batata doce amarela e roxa da Bahia. Coisa fina
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Mas são produtos caros, que podem gerar renda e autonomia financeira.
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Meu espaço é muito pequeno
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Ontem foi dia de renovação.
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Está renovando esse feriado, né
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Molho de pimenta( malagueta, curumi, bode)
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Na frente da casa temos cana caiana, pitaya, andu, abacaxi vermelho, graviola, babosa, etc.
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Vc vende? Gera renda?
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Só pra consumo. E algum amigo ganha de presente
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Que loucura! Teve a idéia como?
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Quando estava pensando em fazer a horta conheci agrofloresta. Aí fiquei doido
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Qual a área de plantio?
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Ah na cerca viva tem Andu
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Deve ser. Pq aproveitamos cada cantinho. Temos mais 40 frutíferas.
Tudo no início.
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Vc vai me contar a história
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Kkkk.
Já, já te falo
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O meu sonho é um pedaço de terra junto com famílias com a mesma visão para somar forças ( produção, processamento, e comercialização). Sozinho é muito difícil, né.
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Com mais famílias fica tudo mais fácil. Aí vira o céu na terra.
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Inveja boa dos assentados da Terra Vista e outros assentamentos já estabelecidos. Eu até me emociono ao ler sobre eles.
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Claro que há uma história de luta e desafios gigantescos. Mas eles são os meus heróis. Lutar contra um sistema opressor e um Estado ausente e repressor.
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Realmente. Um grande desafio. Eu sou dentista. Trabalho em BH e Nova Lima. Mas a agrofloresta é o meu combustível e divã nesses tempos bicudos e sem esperança na política, Brasil sem rumo e a deriva. Nós que temos um consciência política e social sofremos por demais. Então eu pulo de cabeça na agrofloresta e nos desdobramentos ( novos sabores, pratos, processamento e descobertas).
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Sim. Corro uns riscos.
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Quando mudamos pra cá, após a construção. Tivemos a idéia de fazer uma horta. Comecei a pesquisar na internet. Conheci a sintropia do Ernest, experiências do MST com Saf. E aí resolvi implementar sozinho. Claro fiz um monte de bobagens. Mas depois de conhecer um agrofllorestor que fez estágio com Ernest. Nós contratamos os serviços dele e para ficar mais viável a implementação fizemos um mutirão da família e amigos. E assim estamos aprendendo, errando e acertando( as vezes). Com a pandemia acabou o mutírao familiar. Vamos tocando e vendo a transformação poderosa
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Mas vc já tinha pensado antes em plantar? Qdo era criança?
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Sim. Aos 13 anos fiz uma horta para minha família. E por pouco quase fiz agronomia. Só que perdi um irmão na época. E aí as coisas foram para pro lado.
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Sempre gostei de plantas. Mas agora, nesses últimos anos que estou mais intenso e na prática com essa experiência doméstica
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Uma tragédia. Um trauma. Tristeza.
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Com a produção distribuo entre amigos e familiares
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Era casa com terreno?
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Na infância sim. Pequeno o terreno. Família grande. Tinha um programas da prefeitura de BH. Década de 80, terra arrasada. Uma horta em cada quintal. Tinha um agrônomo responsável em cada região que dava palestras básicas, sementes e insumos. E eu era o moleque nas palestras. Mas logo, logo o programa acabou.
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Mas ficou contigo a vontade de mexer com a terra?
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E aí passou o tempo. Tocou a vida.
Como foi?
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O meu sonho é partir para uma experiência de famílias com a mesma visão para tocar uma agroflloresta onde abarca tudo( planejamento, implantação, manejo e beneficiamento). Fiquei impressionado com a ousadia e generosidade do pessoal da teia dos povos fazer convocação daqueles que querem se juntar a eles para trabalhar ou até mesmo viver junto com eles.
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Para mim atualmente, no Brasil, é o pessoal que tem mais praxis da política atual
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Depois dessa experiência de horta na infância fui trabalhar para ajudar a cuidar da família. Década de 80, década de fome, inflação, carestia e miséria. Fiquei 5 anos no banco Nacional. E percebi que banco não me daria futuro e qualidade de vida. Pra entrar tinha hora mas não tinha pra sair. Sai do banco e a grana foi para me manter até conseguir entrar na federal, não tinha outra opção. Fiz odontologia, especialização perio e implantes. Casei, tive uma filha. Mudamos pra cá e religuei com a terra novamente. Minha filha faz arquitetura quer trabalhar com bioconstrucao. Minha esposa é professora municipal e está se aposentado. E estamos aqui em plena pandemia fazendo da terra o nosso divã. A nossa recarga de baterias
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Minha esposa não quer ir para o interior e isolamento total.
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Estamos quatro anos aqui
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Aí já é uma experiência rica, e relativo isolamento frente a estar na Babilônia
Isso tem que ser uma transição, senão ninguém aguenta
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Estou aqui, mas por um lado, não estou satisfeito. Não tem nada a ver comigo esse condomínio. Vc vai entender. Eu moro no Alphaville.
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Vim para cá por causa de amigos. Devido a um problema que aconteceu conosco. Era um membro de grupo religioso por mais de trinta anos. Um grupo fechado e tive problema. Foi terrível. A minha vida virou de ponta a cabeça. Decepção total na religião e depois na política com o PT. Mas logo percebemos que era mesma coisa de BH. Ficamos isolados novamente
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Voltando para a terra, kkk. Ao fazer os canteiros, comecei a coletar no condomínio, no meu carro, as podas de Jardim e lixo orgânico da nossa casa. E iniciando os canteiros pouco a pouco nessa condição precária. Depois fomos melhorando com cama de galinheiro, compostagem da nossa casa, Yorin, etc.
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Atualmente somos suficientes em matéria orgânica da agroflloresta mais a nossa composteira e água do tanque de tilápia altamente nutritiva
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Pois é Renato, mas o fato de morar no Alphaville isso é superinteressante na sua experiência.
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Assim como você pertencer a extrato médio da sociedade.
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Porque esse apelo de reconexão com a terra, esse chamado à autonomia, não tá restrito aos setores sociais mais baixos, não.
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uma convocatória que tá sendo feita ao coração das pessoas, à alma das pessoas.
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Não importa a condição sócio-ecônomica, e sim a capacidade de ouvir e responder, na prática, esse chamado.
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Mas a minha experiência com a terra aqui é única. Os funcionários, os seguranças, e vizinhos falam que é algo não tem. O pessoal faz piscina, sauna, etc.
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A nossa ideia e concepção foi diferente.
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Aqui é pior que a Apto, na questão relacionamento.
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Compreendo perfeitamente.
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Mas vc ai tem sua agrofloresta, não está só.
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Tem uma história legal. O morador de frente. Esse cara eu fui conquistando ele com produtos da agroflloresta. Colocava na porta dele a sacola. Esse cara virou meu chapa. Kkkk.
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Eu fiz na entrelinhas do canteiro caminho de toco com as podas das árvores do condomínio. Aluguel uma moto Serra no fim de semana e mandei bala. Trabalho duro. Mas isso dei um um UP na terra
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Na época de recolher poda de Jardim. A minha esposa falou que eu era o homem do saco. Saia pegando os sacos de poda no condomínio. Kkkk
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As tilápias são minhas viagens pelo YouTube encontrei o sisteminha Embrapa. Fiquei doido e construí esse tanque. Estou aprendendo ainda. Apanhando. Aqui é frio. Não é ideal para tilápias. Vou ter que colocar carpa papa capim. Muito melhor para o clima aqui.
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A faculdade da vida a mensalidade é cara. Cobra alto pela erros. Kkkk
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Essa coisa aí do homem do saco, rapaz, sei como é.
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Eu já peguei muito saco de folha seca naquelas ruas ali de trás, de Ipanema, entre Ipanema e a lagoa.
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Porque lá no Rio, eu moro em Santa Teresa. No prédio tem um terreno. E a gente recuperou o terreno do prédio, né?
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Depois de sair da praia eu pegava folhas secas, levava muito saco delas pra casa pra fazer a compostagem.
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Aqui nunca conseguimos criar peixes
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Eu não investiria hoje em tanque. Foi um erro. Mas agora é seguir adiante
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É assim mesmo… Talvez sirva prá outra coisa, mais prá frente
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Talvez quando sobrar uma grana. Fazer um sistema de aquaponia para folhas. E liberar espaço nos canteiros
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O pessoal aqui faz muro. Mas fizemos a opção de cerca viva. Temos andu, thumbergia, maracujá e bucha vegetal. Tudo na cerca
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Cerca que produz alimento
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Mais um excelente exemplo
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Tinha muito minério na terra?
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Determinados pontos do terreno se bater uma picareta dá faísca
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Outras partes é pouco melhor. Mas muitas pedras de minério
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Estamos rodeados de mineração em atividade
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Mais uma lavada no açafrão
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Ginseng processado. E uma porção de gengibre.
Faltou espaço
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Batata doce roxa, Chips.
Airfryer Sem óleo
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Preparando uma calda de yacon
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Uma maneira de conservar por muito mais tempo
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Depois faço as outras fotos
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Vai ficar uma matéria muito peculiar.
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Vai ficar diferente de tudo que editei até agora.
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Na verdade, a agroflloresta, o manuseio da terra me ajudou a sair de uma depressão. Foi uma cura. Um divã. Abriu novos horizontes. A terra me mostrou quão generosa e abundante ela é. Ela não é mesquinha como o bicho homem. Há uma plena cooperação de amor entre os seres vivos ( bactérias, formigas, abelhas, plantas, fungos, etc). Uma verdadeira relação de amor para a geração da vida abundante.
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Os mutirões deixaram saudade em todos. Eram uma celebração da abundância da terra. E um ponto de conexão e celebração da família e os amigos. Após a pandemia com certeza voltarão. Pois é isso que importa. Fazer com que mais pessoas participem desse momento sublime (colher, plantar, saborear, partilhar os frutos).
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Experimentei um pouquinho do amor incondicional que o Ernest Götsch tanto fala.
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Eu tenho profundo respeito pelo pessoal da Teia dos Povos. Essa convocatória foi a melhor nesses tempos bicudos. Criar Quilombos pelo país a fora. Fantástico
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Um sopro de esperança em meio ao desalento que vivemos em todos níveis
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É a mais consistente proposta no momento. Cara não espero mais nada dos políticos e partidos. Decepção profunda e total
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Se os serviços postais e telegráficos eram tarifados, hoje são de uso gratuito aplicativos como WhatsApp e Telegram. Enquanto a própria comunicação passou a ser monetizada como agregadora de valor às plataformas através das quais se processa.
Assim como a economia política reina sobre os homens deixando-os livres para cuidarem de seus interesses, e a cada negócio que fazem se tornam menos livres, a cibernética estimula a comunicação: quanto maior for nossa conectividade mais deixamos de interagir uns com os outros.
Embora estejam apropriadas pelas mega empresas capitalistas de tecnologia da informação, as plataformas de mensagens instantâneas ainda oferecem imensas possibilidades de contato.
Por estas brechas devemos nos mover para nos encontrarmos, e caminharmos juntos na grande jornada a percorrer na luta para destruir o capitalismo, o racismo e o patriarcado.
Avancem! Avançaremos!
sobre Caminhar para a Autonomia:
- aborda casos concretos de comunidades e territórios com lutas e experiências em seu processo de conquistar autonomias;
- um passo além dos Diários da Pandemia, até mesmo porque muito embora a pandemia prossiga é impositivo florescer territórios para além dela;
- envolve também um diálogo com o livro “Por Terra e Território: os Caminhos da Revolução dos Povos no Brasil”, com as caminhadas que este propõe, para divulgar não só situações já existentes como aquelas que surjam a partir de sua leitura.
acesse a série completa: aqui
Dos relatos mais bonitos que já vi pela teia, singular mesmo,por causa de acontecerem nessa Babilônia se aço e cimento que é BH,pelo tecido social ao redor e tudo o mais . Bravo!!!
Todos principais pontos estão presentes nesta publicação:
• reconexão com a terra.
• produção local de alimentos.
• processamento da produção.
• agroecologia.
• busca espiritual.
• Terra como terapêutica de cura e superação.
• sonho de formar comunidade.
• esperança que a Teia dos Povos está despertando nas pessoas.
• uso das redes sociais e dos aplicativos de mensagem instantânea.
• a diagramação que incorpora essa questão.
• a questão de classe social.