enquanto entre alguns privilegiados ainda prospera o debate sobre a quarentena ser nada mais do que ferramenta de controle psico-social, o número ascendente de casos e de óbitos demonstra uma obviedade:
– o índice de isolamento permanece bem abaixo de necessário, levando ao extermínio dos vulneráveis.
um genocídio em marcha concretizando o mórbido desejo BolsoNazi de matar “uns 30 mil”. e indo rapidamente além…
com o avanço descontrolado da COVID-19 no Brasil, devemos nosotros passar a operar em rigoroso modo de sobrevivência.
operar em modo de sobrevivência exige inicializar imediatamente procedimentos de autonomia: auto-gestão, auto-organização, auto-suficiência e auto-defesa.
assistimos diante de todos nós o desmoronamento de um mundo e o colapso de uma era.
este é o novo normal. não haverá retorno.
cada vez mais habitaremos num ambiente global hostil, contaminado pela combinação tóxica de ondas recorrentes de pandemias, crises financeiras, desintegração social, mudanças climáticas, empurrando-nos em direção ao caos, à barbárie e à extinção.
em plena peste, logo à frente nos aguardam os cavaleiros da fome, da guerra e da morte.
ninguém virá nos salvar. nenhum resgate em vista. ou lutamos, ou não sobreviveremos. e em nossa luta, somente podemos contar com nosotros.
só o Povo cuida do Povo. somente a organização popular autônoma de base é capaz de enfrentar a pandemia. é nós por nós. e todos nós por nosotros.
as pestes são geradas por um modo de vida predatório dos recursos humanos e naturais, sendo a indústria médico-hospitalar elemento integrante deste sistema.
por isto, a medicina de mercado não tem, e não terá, qualquer cura para a COVID-19. e nem poderia, por ser instrumento de lucro para a Big Pharma.
para a medicina de mercado a “saúde” é um bem lucrativo a ser comercializado para quem pode arcar com os altos custos de seu consumo. o mercado vende “saúde”, mas vive mesmo é da doença.
a “saúde” não é uma mercadoria, e sim um complexo processo de equilíbrio dinâmico de uma biosfera em sua interconexão com as demais.
nenhum de nós pode estar completamente são num meio ambiente gravemente doente.
as patologias tem origem social e são historicamente determinadas. não há cura sem a erradicação das causas primárias da doença.
isto só se viabiliza com a mudança do modo de vida, através de relações sociais harmônicas com o meio ambiente, incluindo alimentação saudável, prática cotidiana não sedentária e uso de terapias alternativas: fitoterápicos, homeopatia, acupuntura, florais.
por outro lado, a COVID-19 potencializa as contradições intrínsecas de um Capitalismo em estágio degenerativo terminal, agravando uma situação já de avançada desigualdade sócio-econômica,
junto com a peste está vindo a fome: desarticulação das cadeias produtivas, desemprego em massa, precarização definitiva do trabalho, crise generalizada de abastecimento.
assim como a peste, também a fome só pode ser enfrentada por uma comunidade enraizada num território, baseada numa organização autônoma capaz de lhe fornecer energia, água, alimentação, saúde e auto-defesa: um movimento de reconexão com a terra e com o próprio planeta.
para nosostros, operar em modo de sobrevivência não se trata de tão somente continuar vivos, e sim dar vida a outros mundos frente a morte de uma era, que ameaça nos arrastar junto com ela para seu túmulo.
onde tudo termina, também algo pode renascer. façamos nosotros o parto dos outros mundos que desde sempre trazemos em nossos corações.
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sobre os Diários da Pandemia:
- Embora seja tb um trabalho jornalístico, se propõe a muito além disto.
- Tem como objetivo principal tecer uma rede de comunicação entre as diversas lutas localizadas.
- De modo a circular as experiências, para serem reciprocamente conhecidas numa retro-alimentação de auto-fortalecimento.
- Não se trata de tão somente produzir matérias, e sim tornar as matérias instrumento para divulgar conteúdo capaz de impulsionar os movimentos.
- Em suma: colocar a comunicação a serviço das lutas concretas.
acesse a série completa aqui neste link
Antonio Garcia é um nome próprio de batismo, apesar disto é anônimo nos terabytes de terabytes do Big Data, quase completamente unGoogleable. algumas poucas vezes torna-se nosotros, como arkx, sendo que este nunca é anônimo mas sempre não é um autor.