Assentamento Terra Vista – Arataca, 12 de fevereiro de 2024
Mulheres em defesa da vida: por terra e território
É com grande alegria que anunciamos a realização do IV Encontro de Mulheres da Teia dos Povos, que acontecerá de 05 a 09 de março de 2024 no Assentamento Terra Vista, Arataca – Bahia.
Celebramos a construção que nos trouxe até este nosso quarto encontro. Desde a formação da Teia, em 2012, nossos encontros reúnem uma grande diversidade de mulheres, incluindo indígenas, quilombolas, povos e terreiros de matriz africana, pescadoras, marisqueiras, quebradeiras de coco, assentadas, mulheres do campo, de favelas e periferias urbanas. Compartilhamos saberes, estratégias e sementes de nossos territórios, fortalecendo nossos laços através da troca. Seguindo em frente, nossa intenção é transformar os frutos já colhidos em uma floresta perene; em outras palavras, consolidar nossa potência coletiva em uma sólida rede de ações.
Serão cinco dias de trocas de saberes, reflexões, práticas, celebrações, rituais e místicas em defesa de nossos territórios, com temáticas diversas: autonomia e soberanias dos povos – alimentar, sementes nativas/crioulas, autocuidado, saúde popular, pedagogia dos povos, Terreiro Lúdico etc. Também celebramos os 32 anos de existência do Assentamento Terra Vista na data da conquista da terra, dia 08 de março, homenageando as mulheres.
Somos unidas pelo objetivo comum de defesa dos territórios e da vida. Nosso encontro tem o intuito de consolidar vínculos de confiança, pertencimentos e apoios mútuos entre nós, ao passo em que damos visibilidade às nossas trajetórias, lutas e criações. A terra é feminina e, juntas, geramos vidas. Somos guardiãs e protetoras das águas e das florestas. Será com as bênçãos das mulheres, indígenas, quilombolas, das águas, de terreiro, do campo e da cidade em luta que daremos continuidade ao nosso Encontro de Mulheres da Teia dos Povos no Assentamento Terra Vista, em Arataca, sul da Bahia, com o tema: “Mulheres em defesa da vida, por terra e território”. Teremos a oportunidade de conhecer e fortalecer os trabalhos que são desenvolvidos nas comunidades, tanto materiais, como espirituais – várias formas de exercer nossa conexão com a vida.
No contexto social e político, as mulheres estão à frente das lutas em defesa da terra e do território, e por isso sofrem constantes – e crescentes – ataques. Em paralelo ao aumento do número de feminicídios no país (que continua crescente há quatro décadas), o número de assassinatos de mulheres indígenas e quilombolas no contexto de luta pela terra decolou nos últimos anos. Honrando todas as nossas ancestrais, evocamos a memória de duas de nossas recentes perdas, Mãe Bernardete e Pajé Nega Pataxó, insubstituíveis líderes comunitárias e espirituais. Como já disseram antes de nós: tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes. Nossas ancestrais estão em nós e nós contemos as gerações que virão. Nossa luta segue e nosso encontro também é um ato de protesto: nós insistimos em nossa existência. Defendemos a vida porque somos a vida.
Olá, boa tarde, espero que esta mensagem encontre voces muito bem. Meu nome é Mayra Ricardo Zuuaga e estou escrevendo para vocês de Bogotá, Colômbia.
Além de lhe cumprimentar, estou enviando esta mensagem para lhe fazer uma proposta de parceria artístico-cultural que estamos planejando fazer com a professora Sandra Fernández Sebastián, indígena magütá de Leticia, Colômbia, e queremos pedir sua ajuda para conseguir além de convidar voces para fazer parte desta parceria.
Eu agradeco o retorno que possam me fazer para a gente falar sobre os detalhes.
Mue instagram é: https://www.instagram.com/boticadepalabras/