Posted on: 21 de outubro de 2024 Posted by: Teia dos Povos Comments: 0

Apoie a campanha de financiamento coletivo na Benfeitoria do livro Sonhando a Terra do Bem Virá – É possível construir um mundo para fora da lógica do Capital e do Estado? Zapatismo, Autonomia e a Teia dos Povos através do link: https://benfeitoria.com/projeto/sonhandoaterradobemvira

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Sonhando a Terra do Bem Virá faz uma viagem pelas diferentes dimensões da autonomia zapatista. Como funciona o sistema de governo próprio, a justiça própria, a educação e a saúde autônomas, a soberania econômica, a autodefesa, a comunicação em um território liberado do capital e do estado como esse? Que papel têm as mulheres na construção dessa alternativa? Que função têm as artes e as ciências? Como se constroem alianças para além das fronteiras territoriais e nacionais? Não se trata de um livro de história ou de análises acadêmicas, embora ambas sejam necessárias e estejam presentes. A intenção do livro é aproximar a experiência vivida da autonomia em território zapatista, assim como as muitas iniciativas públicas que fomentam práticas autônomas na sociedade civil mais ampla. Isso com o intuito não de servir como exemplo a imitar, mas de provocar reflexões e questionamentos que contribuam para construir alternativas reais para enfrentar a crise civilizatória que atravessamos.

Sendo assim, o livro começa com uma reflexão sobre as ressonâncias entre a experiência zapatista no México e a Teia dos Povos no Brasil. No prefácio, Mestre Joelson fala sobre como a autonomia zapatista e a autonomia da Teia dos Povos caminham juntas, apesar das singularidades e das diferentes geografias.

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Alejandro Reyes é escritor, tradutor e jornalista independente. Ele é membro fundador do coletivo de mídia livre Rádio Zapatista, que há quase duas décadas vem cobrindo o movimento zapatista. Ele tem morado nos Estados Unidos, na França e nove anos em Salvador, Bahia. Entre seus livros publicados no Brasil estão a coleção de contos Vidas de rua, o romance A rainha do Cine Roma e o ensaio Vozes dos porões: A literatura periférica/marginal do Brasil. Atualmente mora no México.

Mestre Joelson Ferreira tem três décadas de luta por terra e território, foi dirigente nacional do MST e é o idealizador da transição agroecológica que transformou seu assentamento numa referência no país. É idealizador da Teia dos Povos, Joelson Ferreira de Oliveira é: “um homem preto, pai, avô, agricultor, mestre de saberes tradicionais, doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), liderança do Assentamento Terra Vista (MST)”.

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O texto, dividido em uma introdução e nove capítulos, contém aproximadamente 300.000 caracteres com espaços. Ele será editado e após este processo, o texto será diagramado no formato livro e, posteriormente, revisado gramatical e ortograficamente por profissionais.

Por fim, o livro será impresso em 4 cores na capa, apenas frente, com orelhas, e em uma cor no miolo, frente e verso, com variação de quantidade de páginas entre 160 e 192, no formato regular de 14 cm de altura e 21 cm de altura.

Sumário

Introdução

1 Uma luz no sudeste mexicano: breve história do zapatismo

2 Outro mundo é possível

3 Educação e saúde autônomas

4 Governo Autônomo

5 Soberania econômica

6 Autodefesa

7 O papel da mulher

8 As artes

9 Alianças

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Os livros da editora da Teia dos Povos, além de dar eco às vozes das Mestras e Mestres e outros autores, tem também o intuito de fortalecer diretamente os territórios da articulação. Sendo assim, os autores de Sonhando a Terra do Bem Virá cederam suas remunerações pela obra para que o recurso seja encaminhado para o fortalecimento e consolidação de um projeto territorial.

No lançamento do livro, na VIII Jornada de Agroecologia da Bahia, será divulgado para qual projeto e qual território os recursos das vendas dos livros serão destinados.

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O Própolis Payaya é produzido na Terra do Bem Virá, no Assentamento Terra Vista, onde abelhas nativas sem ferrão atuam em um sistema agroflorestal na Mata Atlântica. Rico em diversidade de plantas, o própolis apoia a saúde e promove a luta pela preservação e soberania alimentar.

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Os cafés agroecológicos do Território Flor de Café, núcleo da Teia dos Povos na Chapada Diamantina, são agroecologicos. Cada etapa do processo, desde a produção das mudas até o cultivo, a colheita, o pós-colheita e a torrefação, é conduzida com um compromisso radical com a preservação do meio ambiente. Este cuidado profundo reflete-se não só no sabor e nos aromas únicos, mas, sobretudo, no espírito de luta que esses cafés carregam.

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O Chocolate Rebelde, produzido no assentamento Terra Vista (Bahia), é um símbolo de resistência e autonomia. Feito com cacau agroecológico, sem agrotóxicos, reflete a luta pela reforma agrária e soberania alimentar, unindo técnicas tradicionais, inovação e autogestão.

As recompensas territóriais poderam ser retiradas na VIII Jornada de Agroecologia da Bahia da Teia dos Povos que ocorrerá entre os dias 30 de janeiro a 3 de fevereiro de 2025 em Salvador. É possível também o envio das recompensas territoriais por correio, com o frete por conta do benfeitor.

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Por Terra e Território: Em meio ao genocídio ultraliberal e à pandemia, surge um livro que vai além de palavras, condensando uma trajetória de lutas concretas. Mais que um programa, é um manual de sobrevivência: voltar à Terra e criar Territórios e Comunidades é nossa única alternativa frente à destruição.

Escola da Reconquista: O livro da mestra Mayá representa um marco literário e científico com textos autobiográficos de mestras de comunidades tradicionais. Em A escola da reconquista, a autora tupinambá, do Território Pataxó Hã hã hãe, na Bahia, incorpora diversos sujeitos que constroem sua história: ancestrais, Encantados, juventude, parentes e aliados.

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Canteiros Medicinais Periféricos: Ao olhar para trás e relembrar a infância, onde a medicina natural desempenhava um papel crucial, vemos a base para iniciativas modernas que buscam unir o saber popular com a ciência. Esses canteiros não são apenas espaços de cultivo, mas também de convivência, aprendizado e fortalecimento comunitário. Eles simbolizam a resistência e esperança de cada membro local, proporcionando um ambiente onde a sabedoria ancestral e o conhecimento científico caminham juntos para promover a saúde e o bem-estar. Em suma, celebram o poder transformador das plantas medicinais e a continuidade de um legado que alimenta tanto o corpo quanto a alma.

Adeus ao capitalismo: É hora de reabrir o futuro. E se engajar resolutamente na reflexão sobre o que pode ser um mundo livre da tirania capitalista. É o que este livro propõe, baseado em particular nas experiências sociais e políticas acumuladas pela insurreição e pelas comunidades zapatistas, uma “utopia real” em grande escala. Um manual, um guia, os passos para transformar, aqui e agora, o mundo em vida coletiva, autônoma e bem vivida.

Um habitar mais forte que a metrópole: Uma ode filosófico-política a viver plenamente, a arrancar territórios da gestão capitalista mundial e a construir comunas, pois estes são os gestos revolucionários de quem não acredita nas “soluções” do urbanismo ou das ciências do governo, porque sabe que gerar mundos é uma necessidade vital.

Tomar a Terra: Um manual de ocupação, manutenção, gestão e autonomia coletiva da terra para os dias atuais, escrito e pensado a partir de uma luta que “venceu”, mas que no presente lida com as consequêcias da dita vitória e nem por isso deixa de fazer uma autocrítica e reconhecer os tentáculos de captura do capitalismo institucional. 

As recompensas que só possuem itens de recompensas literárias serão enviadas por correio aos benfeitores, caso você escolha uma recompensa que possua uma recompensa territorial é possível retirar na na VIII Jornada de Agroecologia da Bahia da Teia dos Povos que ocorrerá entre os dias 30 de janeiro a 3 de fevereiro de 2025 em Salvador ou requerer envio por correio, com o frete por conta do benfeitor.

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É importante frisar que todos os projetos da editora da Teia dos Povos são desenvolvidos através do trabalho militante daqueles que acreditam e constroem o projeto político-ético-espiritual da articulação, por isso, nenhum trabalho, desde a escrita, o projeto gráfico, a logística e a distribuição é pago ao coletivo de comunicação nem aos profissionais que trabalharam direta ou indiretamente no projeto.

Com o reconhecimento e apoio mútuo, a Radio Zapatista e a GLAC Edições entraram no projeto, aplicando os mesmos princípios, ofertando seus braços e serviços também sem o pagamento prévio.

Ilustração de Capa: Paula Cruz

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Paula Cruz é ilustradora porradeira + designer witch ✨

É formada na graduação pela EBA/UFRJ e mestra em Design pela PUC-Rio, onde desenvolveu pesquisa sobre publicações híbridas e novas formas de leitura. Ela atravessou o Atlântico para estudar os mestres do design holandeses na Willem de Kooning Academie em Rotterdam, Holanda. Atualmente mora no Rio de Janeiro e atua como professora de design + ilustração desde 2019.

É criadora do Modernismo Funkeiro, projeto que une a irreverência do funk com a sobriedade do design modernista numa série de cartazes tipográficos. Já trabalhou para clientes como Google, Facebook, Youtube Global, Whatsapp Global, Editora Record, Intrínseca, Descomplica, TAG Livros, Adidas, Asics, Adobe, O Globo, TikTok, Snapchat e Disney+.

Paralelamente ao trabalho e estudos, constroi projetos autorais que unem design, ilustração e pesquisa, tais como livros, cartazes e quadrinhos.

Diagramação: Companheiro Sonho e Leonardo Araujo Beserra

Comunicação: Coletivo de Comunicação da Teia dos Povos

Preparação e Revisão: Glac edições

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A editora da Teia dos Povos é uma iniciativa completamente autônoma dos territórios, mestras e mestres e do coletivo de comunicação. Os livros são escritos por lideranças, militantes e anciãs indígenas da Teia, carregados de conteúdos sobre resistência, organização popular, soberanias, saberes da terra e experiências da luta dos povos. Todos os projetos são desenvolvidos através do trabalho militante daqueles que acreditam e constroem o projeto político-ético-espiritual da Teia dos Povos.

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A Rádio Zapatista é um coletivo de mídia livre conformado por comunicadores independentes que acreditam na possibilidade de construir um mundo fora da lógica capitalista de lucro e competição, com justiça, liberdade e dignidade. Nossa inspiração é o exemplo de luta e construção dos povos zapatistas e do EZLN, assim como as lutas e rebeldias de muitas outras geografias.

O coletivo surgiu na área de San Francisco, Califórnia, em 2006, no contexto da Sexta Declaração da Selva Lacandona, conformado por um grupo de ativistas, em sua maioria migrantes e chicanos. Com o tempo, alguns membros migramos para o México, outros saíram, outros se uniram, e hoje estamos em várias geografias do país. Deixamos de transmitir em rádio e consolidamos nosso site (www.radiozapatista.org) como espaço de informação e análise não apenas sobre o zapatismo, mas também sobre movimentos anti-sistêmicos em outras geografias. Nesse tempo, tecemos redes com outras mídias livres e coletivos de luta de Chiapas, México e o mundo. Ao longo de mais de uma década, temos construído um arquivo histórico com registros sonoros, visuais e escritos de todos os eventos realizados ou promovidos pelo zapatismo.

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GLAC é uma palavra aglutinante, uma onomatopeia, o som de uma gosma em colisão com uma superfície lisa. É também uma palavra-tiro que emperra, que explode em si mesma. A GLAC edições iniciou suas atividades em 2019, com um projeto de publicações que se voltam à crítica e subversão política do cotidiano, viabilizando escritas de caráter autonomista por meio da edição e tradução de autorias anônimas estrangeiras, autories nacionais, coletivos, artistas e intelectuais, como forma de debater radicalismos e, principalmente, a importância de uma escrita subjetivo-política que impulsione o leitor à autodeterminação.

Apoie a campanha de financiamento coletivo na Benfeitoria do livro Sonhando a Terra do Bem Virá – É possível construir um mundo para fora da lógica do Capital e do Estado? Zapatismo, Autonomia e a Teia dos Povos através do link: https://benfeitoria.com/projeto/sonhandoaterradobemvira

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