Posted on: 8 de abril de 2022 Posted by: Teia dos Povos de São Paulo Comments: 0

No domingo do dia 13 de março, a Teia dos Povos esteve articulando a luta dos povos em Guarulhos, Região Metropolitana de São Paulo, onde ocorria o 4º encontro Kaimbé no CEU Paraíso – Alvorada. Lá também houve o apoio da Teia dos Povos para o fornecimento de produtos agroecológicos para a alimentação do participantes. Os indígenas guaranis da Aldeia Guyra Pepó continuaram conosco para prestigiar a roda de conversa, os debates, as manisfetações artísticas, as rezas e o comércio de artesanato promovidos pelo povo Kaimbé, que está em processo de retomada no território de SP. As trocas realizadas durante o evento com certeza contribuíram para fortaceler a articulação entre Kaimbés e Guaranis, contemplando também a nós e a comunidade local, para avançar no processo de luta pela libertação dos povos.

As 7h30m da manhã, já ouve-se o som do batido das sementes sagradas do povos Kaimbé, então o 4º encontro do povo Kaimbé no estado de São Paulo começa. Um café da manhã é servido, e logo após, é feita a abertura com as falas do cacique do povo Kaimbé em São Paulo Alex Wera, seguido da apresentação de autoridades e representantes de outros movimentos indigenistas. Não foi diferente com a Teia dos Povos, esta representada pelo o cacique Alex Wera e pelo povo Kaimbé no estado de São Paulo, também teve sua mensagem de luta por terra e território transmitida pela companheira Amanda do Coletivo Urbano em Apoio aos Povos Indígenas (CUAPI), que não poderia ter melhor expressado a ideia da Teia dos Povos, lendo um trecho do livro ‘Por Terra e Território – Caminhos da Revolução dos Povos no Brasil’.

O encontro se encaminhou para um dos rituais ancestrais mais sagrados dos povos indígenas do Nordeste, o Toré. E como a própria simbologia do Toré e de união entre as diferentes etnias, o Toré Kaimbé, foi um ritual multietnico, além de ser uma ação muito importante de retomada cultural, já que durante muito tempo, vários povos que antes faziam o Toré, hoje não fazem mais, e alguns estão retomando isso agora. Veio então uma roda de conversa com temas ligados à política, educação e saúde. É bom lembrar também que durante todo o evento acontecia uma feira de artesanatos indígenas e outros produtos. Quando deu o horário do almoço, a Teia dos Povos estava “presente” no prato de cada um ali, se alimentando do fruto da terra colhidos por nosso irmãos do MST, e articulado na Teia dos Povos como os companheiros do Galpão Alimenta, e o ar tomava esse cheiro de união, de um bom lugar para se estar.

Após outra rodada de falas e apresentações culturais, o evento se encaminhou para o final, terminando com um Toré extremamente perfeito. O cacique Alex Wera tomou a palavra e enalteceu o quanto o contato na Teia dos Povos o fez perceber ainda mais a ideia de união entre os povos, já que o cacique e o povo Kaimbé estiveram presente na Pré-Jornada de Agroecologia da Teia dos Povos em Luta no Estado de São Paulo. O cacique recebeu o chocolate Terra Vista de nossos irmãos da Bahia como símbolo e presente. Contudo, ele não foi o único a receber, outras lideranças também receberam, como o Zé – liderança Kaimbé na aldeia multi étnica filhos dessa terra, e a Diva, uma das lideranças do povo Assu Cocal.

Agradecimento Sindipetro

Estamos extremamente gratos pela apoio financeiro dado a Teia dos Povos SP pelo Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo – Sindipetro. A contribuição foi fundamental para que tudo acontecesse da melhor maneira possível, desde o transporte a alimentação. Saímos fortalecidos dessa experiência e esperamos que os laços foram estreitados para avançar na libertação povos.

Fotos: Teia dos Povos SP

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