Posted on: 4 de julho de 2022 Posted by: Teia dos Povos do Ceará Comments: 0

Aldeia Jacinto – Território Indígena Serra das Matas
Monsenhor Tabosa/CE, 01 a 03 de julho de 2022

Nós, Povos do Campo e da Cidade presentes na I Assembleia da Teia dos Povos do Ceará: Contra a Fome do Povo, Nutrir um Mundo Novo, reunidos aqui na circularidade e nas sombras das Mangueiras Sagradas da Aldeia Jacinto, Território Indígena Serra das Matas, município de Monsenhor Tabosa – Ceará.

No atual contexto em que as comunidades de pescadores/as artesanais, camponeses, indígenas, quilombolas, povos das águas, campos, florestas e periferias urbanas são ameaçadas pelos projetos de mortes do grande capital, que desterritorializa, massacra e viola direitos humanos, com a falácia desenvolvimentista da mineração, da carcinicultura, das eólicas e das especulações imobiliárias da indústria hoteleira que privatiza a terra, a água, os ventos e o sol dos povos do Ceará. Além disso no Brasil de um modo geral temos ameaças e mortes constantes dos defensores/as de direitos humanos e ambientalistas, retirada de direitos da classe trabalhadora com a reforma trabalhista, PEC do teto de gastos, corte dos investimentos na saúde, na educação, na reforma agraria, no PAA, PNAE, sucateamento da CONAB, desestruturação do INCRA, FUNAI e Fundação Palmares que juntos contribuiu para o aumento do desemprego, da inflação, negacionismo da ciência e da covid 19, que dizimou milhares de vidas com avanço do fascismo que juntos fizeram o Brasil retornar ao mapa da fome.

Desse modo reafirmamos: o compromisso de articular as lutas do campo e da cidade na construção de um mundo novo, nos colocando contra os projetos de mortes, que têm invadido nossos territórios de re-existência e bem viver; de continuar organizando os povos em luta e com unidade lutar por um mundo novo livre da fome, do racismo, machismo, LGBTQIA+fobia, transfobia, intolerância religiosa e todas as formas de violências propagadas pelo capital; de lutar por autonomia em nossos territórios em defesa da vida, da agroecologia, das sementes crioulas, da convivência com o semiárido, de uma educação do campo, indígena e quilombola que leve em consideração os modos de vida dos povos que são xs verdadeirxs guardixs das florestas, das sementes, da ancestralidade, dos encantados e do esperançar de um mundo novo…

Contra a Fome do Povo, Nutrir um Mundo Novo!
Mulheres indígenas diz não a Itataia!
Povo quilombola unides e forte!
Mexeu com um/x mexeu com todxs!
Diga ao povo que avance: avançaremos!

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