Posted on: 24 de novembro de 2020 Posted by: Teia dos Povos Comments: 0

*Por Telma Iris Pérez / traduzido do Desinformemonos (México)

A Guatemala se autoconvocou para sair às ruas em rechaço ao orçamento 2021 do decreto 33/2020 que foi aprovado pelo Congresso da República da Guatemala com urgência nacional na madrugada do dia 18 de novembro de 2020. Um orçamento que interessa ao mesmo governo e seus aliados dos 115 deputados no congresso, onde se tem aproveitado a pandemia e os furacões Eta e Lota que atingiu diretamente as pessoas mais pobres do país.

A sociedade Guatemalteca se tem indignado por um orçamento que lhe tem retirado mais de 200 milhões da infância que vivem na extrema pobreza, de igual maneira tem retirado 20 milhões da Procuradoria de Direitos Humanos (DPH), o orçamento aprovado pelos deputados evidencia, novamente, a corrupção na Guatemala.

A cultura guatemalteca é variada, sua ampla cultura autóctone é produto da cultura maia e da cultura espanhola durante a época de vice-reino espanhol; o país mais populoso da América Central com 16,3 milhões de habitantes segundo censo realizado no ano de 2018. Seu presidente é Alejandro Eduardo Giammattei Falla, cujo período de gestão governamental é 2020-2024. Repudia o aborto, o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, está a favor da pena de morte e o uso militar na segurança pública. É considerado conservador e de direita.

(wikipedia.org)

Apesar dos furacões e da pandemia, milhares de pessoas se tem mobilizado para chegar às praças para manifestar em repúdio ao orçamento e para pedir renúncia do Governo da Guatemala. Ademais, exigir que se vete o decreto 33/2020.

Contudo, o governo da Guatemala tem respondido às manifestações sob um regime ditatorial e repressivo, utilizando bombas de gás lacrimogêneo, armas para dispersar as manifestações. Já foram registrados feridos devido aos golpes da polícia e tropa de choque. Também organizações sociais e cidadãos tem mantido os protestos para existir liberdade de mais de 40 pessoas presas, simplesmente por exercer legitimamente o direito de manifestar-se pacificamente, mesmo companheiros e companheiras jornalistas foram agredidos por transmitir os acontecimentos.

O governo repressor de Alejandro Diammattei atentou contra a liberdade de expressão e de exercício do jornalismo. Comunicadores populares estão sob o amparo de acordos e normas internacionais para realizar o ofício. Porém foram brutalmente reprimidos.

Nas últimas horas do 22 de novembro, domingo, Ahora Allan Rodríguez, presidente do Congresso da Guatemala, expressou que se decidiu suspender o envio do decreto 33/2020. E se abriu um diálogo para receber as objeções.

Porém o povo da Guatemala segue se autoconvocando para seguir permanentemente nas manifestações pacíficas em diferentes pontos do país e exigir a renúcia do presidente da Guatemala Alejandro Giammatei e seu gabinete de governo.

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