Posted on: 5 de setembro de 2020 Posted by: arkx Brasil Comments: 2

Em plena pandemia, os trabalhadores dos Correios lutam contra a privatização da empresa, por seus empregos e também pela soberania do Brasil.

Uma visão da atual greve dos Correios através de 5 questões respondidas por lideranças de base, seguindo-se uma análise do movimento por Alejandro Acosta, editor da Gazeta Revolucionária.

  • Quais as dificuldades adicionais colocadas por uma greve em plena pandemia?
Naiara Peres, liderança de base no CDD (Centro de Distribuição Domiciliar) Venda Nova, BH (MG)

“Ter emocional forte para lidar com a recessão econômica mundial e também com a pressão social”.

Rodrigo Silva, carteiro no interior de São Paulo:

“A dificuldade maior é a conscientização de cada trabalhador num momento em que estamos espalhados. Existem pontos de muito difícil acesso. Também se torna muito dificultoso em Estados grandes, por falta de ônibus para se deslocar de um centro de distribuição a outro.”

Divino, carteiro reabilitado para OTT (Operador de Triagem e Transbordo), anistiado político, de Goiânia

“Eu não vejo nenhuma dificuldade, até porque os ônibus, metrô e os trabalhadores estão trabalhando normal. Esse negócio de pandemia dificultar greve é papo prá pelego”.

Marcos André, atendente comercial, Pará

“Todo mundo com máscaras, mas houve aglomerações.”

Almir Nunes, carteiro aposentado, demitido em 1989 e reintegrado em 1997, de Riachão do Jacuípe (BA)

“Tem muitos trabalhadores que não estão participando de assembléias presenciais.”

Clayton, CTO (Centro de Transporte Operacional) Jaguaré, São Paulo (SP)

“Segundo a lei, algo que nos ampara, sobre a pandemia. Se não pode fazer manifestação paredista, assembléias, algo ligado ao movimento de greve, se não pode fazer por causa da pandemia, então nós também não podemos estar em aglomeração em nossa atividade de trabalho. Os nossos sindicatos deveriam ter entrado com ação judicial para que houvesse algo favorável neste sentido. Coisa que não fizeram. Então há uma incoerência.”

Leo, carteiro CTO (Centro de Transporte Operacional), São Paulo (SP)

“Tem tido apoio. Declarados sem buscar, se buscasse teria muito mais.”

Marcelo Bezerra dos Santos, carteiro, Rio Grande do Sul

“Aqui a categoria está aderindo bastante. Está havendo o refluxo e influxo normal. Não estou vendo dificuldade por causa da pandemia.”

Judicael Botelho, carteiro, Delegado Sindical e Cipeiro, CDD (Centro de Distribuição Domiciliar) Feira de Santana (BA)

“Já trabalhamos com uma grande sobrecarga, porque desde 2011 não tem concurso. Trabalhamos atendendo a dois Distritos. Nesta pandemia dificultou ainda mais, porque muitos companheiros são do grupo de risco e estão no trabalho remoto. Houve ainda mais redução de carteiros nas unidades. Consequentemente estamos trabalhando por dois ou três.”

  • Quais os cuidados tomados para evitar a propagação do contágio?

Naiara Peres:

“Os sindicatos distribuíram apenas máscaras e mesmo assim foram poucas.”

Rodrigo Silva:

“O sindicato está disponibilizando álcool em gel e máscaras. Pede-se evitar aglomeração. Inclusive porque há estados em que é proibido ter mais do que 50 pessoas reunidas. O movimento tem que fazer reuniões on-line. Em cidades maiores ainda é possível fazer passeatas. Mas nas cidade pequenas não há possibilidade de fazer isto, porque a população pode vir contra a gente falando que estamos promovendo aglomerações.”

Divino:

 “Para evitar a propagação é usar álcool-gel, máscara e todos os equipamentos de proteção.”

Marcos André:

“Todo mundo usando máscaras, mas houve aglomerações.”

 Almir Nunes:

“A gente sabe que tem os trabalhadores do grupo de risco, que não estão participando presencialmente. E não devem participar. Isso é o meu ponto de vista. Eu mesmo sou do grupo de risco. Eu gostaria de estar presente aí nas trincheiras de luta junto com os companheiros.”

Clayton:

“Segundo a lei, algo que nos ampara, sobre a pandemia. Se não pode fazer manifestação paredista, assembléias, algo ligado ao movimento de greve, se não pode fazer por causa da pandemia, então nós também não podemos estar em aglomeração em nossa atividade de trabalho. Os nossos sindicatos deveriam ter entrado com ação judicial para que houvesse algo favorável neste sentido. Coisa que não fizeram. Então há uma incoerência.”

Leo:

“Tem sido muito responsável com distribuição dos materiais e as pessoas também tem tido a consciência do correto.”

Marcelo Bezerra dos Santos:

“Procuramos manter o distanciamento social nas assembléias. Todo mundo usando máscaras e o álcool-gel.”

Judicael Botelho:

“Estamos trabalhando sem nenhuma proteção. Estamos trabalhando sem luvas. As encomendas vem de todo país, inclusive de outros países. E trabalhamos sem os equipamentos adequados. Isto no trabalho interno. No trabalho externo, trabalhamos junto à população. Muitas vezes os clientes saem para pegar suas encomendas desprotegidos, sem máscaras. Então nos traz também um perigo muito grande de contaminação. Não há uma ação por parte das direções dos sindicatos em fazer uma fiscalização de qual a situação dos trabalhadores e cobrar sistematicamente a empresa. Ficamos vulneráveis tanto por parte da empresa quanto do próprio movimento sindical.”

  • Qual a situação atual da greve?

Naiara Peres:

“Sabemos que a greve está forte em Minas, mas não estamos recebendo informações precisas sobre SP e RJ.”

Rodrigo Silva:

“O informe que tenho acesso é que a média é de 60% a 70% parados. Mas há estados que estão com índice menor. E outras regiões com índice maior, por exemplo: Paraíba, Minas Gerais, Vale do Paraíba (SP), interior de São Paulo, região de Campinas. Na região metropolitana de São Paulo, é importante que o CDD Jardim Odete, um reduto bolsonarista, não está funcionando.”

Divino:

“A greve dos Correios é muito forte em Minas Gerais, em torno de 95%. Brasília é forte. A Bahia em torno de 60% paralisados. São Paulo em torno de 20% paralisado. E Rio de Janeiro em torno de 15%.”

Marcos André:

“Aqui no Pará, a direção sindical ainda está muito amarrada. Nós da oposição propomos ir para as feiras livres e bairros periféricos, onde estão os consumidores dos Correios, para a população saber muito mais da nossa situação.”

Almir Nunes:

“O estado que está mais firme na luta, e quando faz assembléias presenciais está dando volume muito grande é Minas Gerais. A greve aqui na Bahia está forte. Acho que a partir de amanhã (07/09) vai dar um bom volume de trabalhadores, no Grito dos Excluídos.”

Clayton:

“São Paulo está parado. Pelego tem em todo canto. Em se tratando doe sindicato de SP, é um sindicato falho. Dirigido por uma membro do PMDB. A categoria está desiludida. E aí, a culpa é para todos. Tanto FINDECT (Federação Interestadual dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos) quanto FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares). E todo mundo que está no meio.”

Leo:

“A greve está forte. Em SP temos a debilidade do sindicato não construir a greve. Não propõe paralisação de maneira nenhuma. Observem os materiais que o Sindicato de SP lançou e nenhum deles indica paralisação dos grandes centros. São pelegos em sua essência e BUSCAM acabar com a greve quando tiverem oportunidade.”

Marcelo Bezerra dos Santos:

“Aqui no Rio Grande do Sul a greve está forte.”

Judicael Botelho:

“Infelizmente o movimento sindical não fez um papel inicial mais aguerrido, de uma greve de mais confronto com a empresa. De parar a produção 100%. Mas o movimento sindical preferiu apostar no Judiciário, pensando que o STF iria revogar a própria liminar que o atual Presidente do STF havia concedido à empresa. Nas primeiras duas semanas foram protelados os bloqueios e piquetes nos grandes centros. Não houve de fato um confronto com a empresa.”

  • Qual tem sido, de modo geral, a atuação dos dirigentes sindicais?

Naiara Peres:

“Nenhuma.”

Rodrigo Silva:

“O papel dos sindicatos deveria ser motivar os trabalhadores para se manter esta greve e sairmos vitoriosos. Tem Estados onde os sindicatos estão mais presentes e atuantes, como Pernambuco e Minas Gerais. Generalizar toda a atuação da burocracia sindical é difícil. Mas nesta greve me parece que eles estão mais aguerridos, porque a vontade dos trabalhadores está sendo muito explícita para que a greve continue até a vitória.”

Divino:

“A direção dos Sindicatos do Rio e São Paulo são ligadas ao PCdoB, a CTB. Um braço direito, uma federação fantasma que faz o jogo da empresa.”

Marcos André:

“Os piquetes estão fracos, e não estão tendo apoio efetivo da burocracia sindical. E não conseguem chamar aqueles que não entraram em greve. Alguns CDD estão sem piquete. A burocracia sindical não consegue avançar, e isto é muito ruim para o movimento.”

Clayton:l) Jaguaré, São Paulo (SP):

“A atuação do sindicato de São Paulo está sendo péssima.”

Almir Nunes:

“Tem muitos sindicatos que estão fazendo seu dever de casa, mas alguns que ainda estão devagar. É a chamada burocracia sindical. Eu não quero aqui nominar nenhum, porque eu não estou presente em seus estados.”

Leo:

“Agem pra desidratar a greve. E seguem fugindo de lutar. Se beneficiam da luta da oposição e apoio de outros Estados vindos pra SP.”

Marcelo Bezerra dos Santos:

“O Sindicato tem apoiado a gente bastante sim. Não dá prá dizer que não tem não. Temos feito atividades. Fizemos carreta, concentração no local de trabalho”

Judicael Botelho:

“Na terceira semana de greve partiu dos próprios trabalhadores os movimentos de bloqueio e pressionar as Direções Sindicais. Aqui em Feira de Santana (BA) nós bloqueamos as unidades. E cobramos a direção do Sindicato a fazer o mesmo no CCE (Centro de Cargas e Encomendas) de Salvador (BA), que é o maior de toda a região Nordeste. Porém em São Paulo, no Rio, em Goiânia e em Curitiba os CCE continuam abertos. Vemos o movimento sindical atrelados à empresa.”

  • Qual o apoio concreto recebido, ou não, de Centrais Sindicais, Parlamentares, organizações sociais?

Naiara Peres:

“Não recebemos apoio de parlamentares, muito pelo contrário. E a relatora do dissídio esqueceu de abordar sobre os descontos que a empresa fez no fim do mês de agosto.”

Rodrigo Silva:

“O que estou percebendo muito, e tenho o meu lado partidário para falar disto, é um apoio da ampla maioria dos parlamentares do PSOL. O PT com o Vicentinho deu um grande apoio dentro da Câmara para nós. Os metroviários de SP também me apoiam. Mas eu vejo poucas organizações nos apoiando concretamente. Apesar do apoio dos parlamentares do PSOL, eles deveriam estar fazendo um embate muito maior. Estar presentes juntos na luta, na porta de frente. Um que fez isto foi o Babá, vereador do Rio de Janeiro. Do PT, a Gleisi comunicou um pouco, mas não estão pondo muito na linha de frente da greve.”

Divino:

“Centrais Sindicais, petroleiros, bancários, e tudo o mais, dizerem que apoiam. É simples dizer que apoiam. Apoiar é dar estrutura financeira, equipamento e ir junto  para a base para construir uma Greve Geral. Esse é o X da questão. Não temos partidos de Esquerda. Deixaram passar tudo: contra-reforma trabalhista, teto dos gastos, contra-reforma trabalhista. Estão focados nas eleições burguesas. Muito sindicalistas candidatos nas eleições. Querem entregar os Correios para a Amazon, e levar os trabalhadores para o matadouro, para o lamaçal. Sem direitos, todo mundo precarizado, com o acordado sobre o legislado.”

Marcos André:

“Na verdade, apoio concreto e real não estamos vendo. Apoio na base, as federações não fizeram. Sai documentos, informações e apoio no Zap. Nosso caso aqui, o presidente do sindicato e o vice, todos dois estão afastados, para disputar a vereança. Parece que eles não querem bater em ninguém. Não chamam outros parlamentares para se posicionar. Estamos jogando só.”

Almir Nunes:

“Estamos passando por um momento de grande dificuldade. Acho que as Centrais Sindicais, os movimentos sociais, os parlamentares deveriam estar fazendo também a movimentação política para sair desse impasse. Porque se não for marcado este dissídio a greve vai perdendo força. Dia 8 às 9h estamos chamando um grande ato unificado no Jaguaré, em São Paulo. se o Rio de Janeiro chamar também um ato em Benfica, talvez possamos ganhar fôlego nesta greve. Só a unidade na luta é que  vai determinar a nossa vitória.”

Clayton:

“Eu não tenho muitos detalhes para passar, porque eu peguei COVID. Fiquei internado. Sai do hospital essa semana. Até ontem estava tomando remédio. O corpo ainda está fraco. Não conseguindo participar das atividades na rua. O movimento está forte. Precisaria de uma união realmente. Deixar de lado a situação de partidos e correntes. E fazer um trabalho sério em prol da categoria. Deveria. Mas infelizmente não é o que está acontecendo. E não é o que acontece já há muitos anos”

Leo:

“Temos de nos apoiar. Tem a EMBRAER na luta. E outras categorias que poderíamos nos aproximar. E não será construído pela direção de SP. Se for feito, será pela FENTECT (Federação Nacional) e olhe lá.”

Marcelo Bezerra dos Santos:

“Quem eu vi se manifestar em apoio à greve dos Correios foram alguns deputados do PT.”

Judicael Botelho:

“O movimento sindical precisa se reinventar. Precisa largar mão do patrão, do governo, e buscar de fato uma luta conjunta com os trabalhadores. Em relação as Centrais Sindicais estão paralisadas. Falam de apoio, mas sem apoio concreto não vale de nada. A mesma coisa os parlamentares de Esquerda, que vão no Facebook e nos meios de comunicação, mas não convocam os trabalhadores para um confronto com a empresa. Se os trabalhadores de base, de luta, não tomarem a dianteira, não se organizarem, a privatização irá acontecer como aconteceu com as contra-reformas trabalhista e previdenciária.”

A Greve dos Correios

por Alejandro Acosta, editor da Gazeta Revolucionária.

A greve nacional dos trabalhadores dos Correios do Brasil é a greve mais importante em toda a América Latina. E a maior desde a greve de setembro/outubro do ano passado nos Correios, que tinha sido a maior greve no Brasil desde a greve dos petroleiros de 1995.

No dia 31 de julho de 2020, acabou o ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) dos trabalhadores dos Correios. Passou a valer a CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) “verde amarela”, que permite terceirizar os carteiros e qualquer serviço, reduzir a jornada de trabalho, o salário e os benefícios que ainda ficaram, e que abre caminho para privatizar os Correios e mais três ou quatro grandes empresas públicas ainda neste ano: a Petrobras (que já está quase totalmente privatizada, com a cumplicidade das direções sindicais burocratizadas e os partidos políticos), o setor elétrico (Eletrobras), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento), para começar.

A PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 149, que permite a privatização dos Correios, entrou em pauta no Congresso novamente. Os partidos que supostamente defenderiam os trabalhadores não somente não falam nada a respeito, mas chegaram a votar a favor dessa PEC em Comissão; quando já não dava para voltar atrás, vieram com a conversa de que teriam sido enganados.

O Governo Bolsonaro está tão certo da derrota dos trabalhadores nesta greve e nas privatizações que já até estabeleceu uma comissão de privatização dos Correios encabeçada pela “multinacional” de consultorias Accenture, que por sua vez foi multada nos Estados Unidos por diversas fraudes.

A burocracia sindical mais pelega, a Findect (dirigida pelo PCdoB e o MDB) que controla os sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro, impôs a mando do Governo Bolsonaro que a data da greve não devia ser o dia 4 de agosto, conforme tinha sido aprovado anteriores (após a sabotagem de outras três data pelos burocratas sindicais), mas o dia 17 de agosto para aguardar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a manutenção do ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) por dois anos.

O STF na prática revogou a própria decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho) de outubro do ano passado que tinha decretado a validade do ACT por dois anos.

Em outubro do ano passado, mais uma vez a Findect iniciou a entrega da maior greve nacional desde a greve dos petroleiros de 1995, a troco de nada, confiando na “neutralidade” do TST. As demais direções sindicais foram a reboque. Cada uma cuidando do próprio “feudo” e dos próprios privilégios.

Agora a situação no TST é ainda pior já que há juízes abertamente bolsonaristas e favoráveis às “privatizações”.

O Governo Bolsonaro não está para brincadeiras. Ele foi imposto para entregar o Brasil a troco de nada para os grandes capitalistas abutres. No caso dos Correios, estão de olho nesse excelente negócio a FedeX, a DHL, a UPS, a TAM Cargo, a Amazon, a Google, dentre outros.

Tudo aponta a que o Governo Bolsonaro busca utilizar os mesmos mecanismos que usou para quebrar a greve de outubro.

Passo a passo:

– a ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) pede o julgamento pelo TST;

– O TST declara a greve ilegal e manda os trabalhadores voltarem ao trabalho;

– A Findect, com os Sindicatos de São Paulo e do Rio de Janeiro, imediatamente, aceitam a decisão do TST;

– A Fentect (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores da ECT) encabeçada por José Rivaldo (vulgo “Talibã”), volta a dizer que “decisão de juiz não se discute, se cumpre”;

– As direções dos sindicatos mais pelegos da Fentect declaram a volta ao trabalho;

– As direções dos sindicatos que seriam de luta marcam assembleias logo após a assembleia virtual do Divisa de São Paulo. Divisa decreta que é preciso levantar a greve;

– Os “lutadores” dizem que não dá para fazer nada e que precisa todo mundo aceitar a decisão da “justiça” e voltar ao trabalho.

Tudo continua igual nas “vinhas do Senhor”.

 O Governo Bolsonaro não está de brincadeiras e quer massacrar a nação brasileira. E o que está para vir será muito, mas muito pior do que há hoje. Hiper inflação, miséria e desemprego, pelo menos nos próximos anos; se não houver luta ou se a luta for fraca e for derrotada.

A luta agora deve ser impulsionada pela base. Ser ousados e entender no mais profundo de nós que se trata de uma luta pela vida ou o massacre dos trabalhadores e do Brasil.


sobre os Diários da Pandemia:

  • Embora seja tb um trabalho jornalístico, se propõe a muito além disto.
  • Tem como objetivo principal tecer uma rede de comunicação entre as diversas lutas localizadas.
  • De modo a circular as experiências, para serem reciprocamente conhecidas numa retro-alimentação de auto-fortalecimento.
  • Não se trata de tão somente produzir matérias, e sim tornar as matérias instrumento para divulgar conteúdo capaz de impulsionar os movimentos.
  • Em suma: colocar a comunicação a serviço das lutas concretas.

 ver também em Diários da Pandemia:                                                       

#15: Greve dos Correios

#14: Vivian Fraga e a Floresta do Camboatá

#13: Vila São João – São João do Meriti (RJ)

#12: Frente CDD: Cidade de Deus (RJ)

#11: Movimento Unido dos Camelôs – MUCA-RJ

#10: na linha de frente – Alto Xingu

#9: Wesley Teixeira – Movimenta Caxias (RJ)

#8: Opetahra e a ressurgência do Povo Puri

#7: Luciene Silva e a Rede de Mães da Baixada Fluminense (RJ)

#6: “Sim! Eu Sou do Meio” – Belford Roxo (RJ)

#5: junto ao Povo da Rua no Rio de Janeiro (RJ) – 02

#4: na tríplice fronteira Norte (Brasil-Colômbia-Peru) (AM)

#3: KM 32 – na profundidade da periferia – 02

#2: na linha de frente – Salvador (BA)

#1: Morro do Sossego, Duque de Caxias (RJ) – 02

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