texto do vídeo:
“Moço, vocês tudo vive um tempo sombrio, é Iku que tá passando, procurando levar quem ele possa tirar o emi.
Vocês de carne e osso fizeram muita maldade e chamaram Iku.
Enquanto tiver comida, fome, miséria, violência, ódio, Iku sempre vai estar por aí, procurando ajogun.”
frente a tamanha destruição, como se proteger e não se deixar abater pelo desespero e pela impotência?
o fascismo se alimenta da pulsão de morte. a ele devemos contrapor a biopotência: o desejo de viver e a gratidão por estarmos vivos.
assim a morte se torna uma companheira a nos desafiar: mude… ou morra!
a pandemia é também uma convocação para deixar morrer tudo aquilo nos impedindo de viver com plenitude.
para viver precisamos mudar. e só o que muda a vida é a luta.
“Não há outra alternativa senão lutar contra o Capitalismo. E o ponto sagrado do Capitalismo é a propriedade privada, é a terra! Só com terra é possível ter liberdade.
Precisamos ter coragem. Nós precisamos acreditar que é possível um outro mundo. Que venham os pobres da cidade! Venham os pobres do campo! Venham os indígenas! Venham os quilombolas! Venha todo o povo pobre do mundo! Unidos na luta pela terra, território e poder!”
Joelson Ferreira – V Jornada de Agroecologia da Bahia – 2017
com os velhos referenciais pulverizados aos nossos pés, precisamos de chão, rumo e iluminação.
chão para se apoiar e caminhar. rumo para se por em movimento e saber para onde ir. iluminação para clarear o caminho e inspirar a jornada.
nestes tempos atrozes, nossa travessia do vale da morte começa com nossa reconexão com a terra. nosso horizonte é para além do Capitalismo. e nossa luz brota da luta de nossos ancestrais.
como fazer o que devemos fazer, que é lutar?
nosotros dizemos a nós mesmos: organizando-nos para conquistar melhores condições de vida em nossos locais de moradia trabalho e convivência.
“A ação concreta organiza o povo mais do que os debates político-teóricos. A luta dos povos está mais perto de ti do que tua veia jugular.”
Erahsto Felício, Divisão de Comunicação da Teia dos Povos
o trabalho político faz parte do cotidiano. a militância não está separada da vida. ao contrário: é um modo de viver.
numa luta concreta, por mais singela e localizada que seja, enfrentamos todas as contradições do Capitalismo.
quem muda o mundo são as pessoas. e o que muda as pessoas são as experiências de vida compartilhadas na luta coletiva para mudar o mundo.
vídeo:
sobre os Diários da Pandemia:
- Embora seja tb um trabalho jornalístico, se propõe a muito além disto.
- Tem como objetivo principal tecer uma rede de comunicação entre as diversas lutas localizadas.
- De modo a circular as experiências, para serem reciprocamente conhecidas numa retro-alimentação de auto-fortalecimento.
- Não se trata de tão somente produzir matérias, e sim tornar as matérias instrumento para divulgar conteúdo capaz de impulsionar os movimentos.
- Em suma: colocar a comunicação a serviço das lutas concretas.
Antonio Garcia é um nome próprio de batismo, apesar disto é anônimo nos terabytes de terabytes do Big Data, quase completamente unGoogleable. algumas poucas vezes torna-se nosotros, como arkx, sendo que este nunca é anônimo mas sempre não é um autor.
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