Posted on: 25 de junho de 2022 Posted by: Teia dos Povos de Pernambuco Comments: 1

Teia dos Povos, 25 de junho de 2022.

por Alass Derivas


Estas são algumas das imagens recebidas do município de Amambai, Mato Grosso do Sul, nesta sexta (24). No primeiro vídeo, o momento em que policiais militares executam um indígena do povo Guarani Kaiowá, a sangue frio, a queima roupa.

Os indígenas foram atacados após retomarem uma faixa de terra de uma fazenda no dia 23. A ação conjunta de policiais militares e jagunços de fazendeiros, da madrugada até a tarde, sem nenhum mandado judicial, deixou até agora dois mortos e dez feridos, com direito a tiros disparados de helicópteros, segundo a @atyguasu. Já chamado pelos indígenas como o Massacre de Guapoy.

O povo Guarani Kaiowá é um dos que mais sofre com a desterritorialização. É aquele que em 2015 lançou uma carta de suicídio coletivo, que depois muita gente colocou seu sobrenome nas redes sociais como Guarani Kaiowá.


Não há terra para este povo, foram roubadas há anos. Os processos de retomadas são urgentes, mas os fazendeiros e o Estado respondem com o acirramento do genocídio. Tiros a luz do dia, ignorando qualquer justiça, com a certeza da impunidade.

É muito grave o que aconteceu no MS ontem. Todo respeito à Dom Philipps, jornalista inglês assassinado na Amazônia, mas será que este caso repercutirá da mesma forma? Foram dois mortos pela polícia militar!

A @atyguasu, através de nota divulgada nesta manhã, pede a prisão de servidores da FUNAI e policiais militares que facilitaram o massacre.

O Estado, sejam as polícias ou a Justiça, não defende e não vai defender os povos.

Reprodução da nota disponível no Instagram, @atyguasu .



Precisamos denunciar, espalhar. É preciso acirrarmos nossa solidariedade com os povos, a autodefesa, fortalecermos retomadas e elaborarmos outros tipos de justiça a estes ataques.

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