Campanha em prol de sementes crioulas para o Sul da Bahia mobiliza agricultores em Pernambuco
Movimentos e povos da terra arrecadam sementes crioulas para enviar para os territórios atingidos por enchentes e fortes chuvas na Bahia.
Movimentos e povos da terra arrecadam sementes crioulas para enviar para os territórios atingidos por enchentes e fortes chuvas na Bahia.
Um encontro entre Sueli Maxakali, Mestre Joelson e Isael Maxakali no Território da Aldeia-Escola-Floresta reflete sobre a defesa dos modos de vida dos povos originários e a retomada do bioma para cuidar e parar a destruição.
De 17 a 20 de Março de 2022 em Santa Maria. Nós, comunidades, territórios e grupos da Teia dos Povos em Luta no Rio Grande do Sul, estamos organizando a primeira Jornada de Agroecologia, momento de reunião de nossas ideias e nossas práticas, de nossos corpos e nossas trajetórias, de nosso modo de ser e estar no mundo. Inspirades na Teia dos Povos na Bahia, que surgiu de uma Jornada…
GRUPO AGROECOLÓGICO ARAUCÁRIA RESISTE
Carta de Apresentação
O Grupo Agroecológico Araucária Resiste é uma experiência coletiva com atuação na região Alto Uruguai do Rio Grande do Sul. Nascida agora no início de 2022 reunindo trabalhadores/ras da roça que praticam e difundem a agroecologia, resultado também de um modesto acúmulo desenvolvido nos anos anteriores por uma outra experiência. Organizativamente nos baseamos em principios de autogestão e democracia direta como forma de possibilitar a participação de todas e todos, diminuindo ao máximo possibilidades de centralismo e relações de mando e obediência. Delegando tarefas quando necessário mas com mandados controlados pela coletividade.
Precisamos fazer nosso planejamento coletivo e começar as ações de recuperação dos territórios. Em cada território que alcançarmos com nossos mutirões solidários, vamos discutir os princípios de nossa luta na prática – sistemas agroflorestais, bioconstrução, cisternas, etc.
Às pessoas desterritorializadas;
Às famílias desabrigadas;
Aos núcleos de base;
Aos elos da teia;
Às bases de apoio;
Às Teias de outros estados;
Com respeito e benção das nossas mais velhas e mais velhos.
Manifestamos aqui o nosso apoio e nos solidarizamos com as vítimas de mais um desastre socioambiental que marca a história da Bahia e do Nordeste. Esperamos que, com a licença dos encantados, dos Nkinses e dos Orisás, se acalmem as águas deste dezembro permitindo que as comunidades se reergam e se reconstruam, com a força da solidariedade e união dos povos.
É ainda mais lamentável que esse desastre esteja ocorrendo em um contexto de pandemia e crise política, que aprofunda com mais intensidade as desigualdades sociais, colocando em situação de maior vulnerabilidade os povos e comunidades que historicamente têm sido excluídos das políticas públicas. Importante lembrar que esse fenômeno, ao qual nos referimos como desastre, é fruto da negligência do poder público e do desrespeito com a Mãe Terra, fruto da lógica desenvolvimentista que atravessa as gerações produzindo cidades sem análise infraestrutural, aterrando rios e desrespeitando seus cursos naturais. Toda essa ação genocida impede que a natureza mantenha seu curso, impactando diretamente nos modos de vida das comunidades e dos povos tradicionais.
Neste sentido, é importante combater a lógica que gera morte, desabrigo e destruição, e fortalecer antigas e novas lógicas que prezam pela vida, pelo acolhimento e pela reconstrução. As formas de saber e fazer dos povos, embora massacradas pela lógica do capital, buscam novas alternativas de relação de equilíbrio e interdependência entre os seres humanos e demais elementos da natureza.
A tarefa será, sobretudo, mais pesada na reconstrução das moradias destruídas. Às famílias que perderam seu lar, convocamos a considerar a possibilidade de se juntar à luta por terra e erguer novas comunidades em locais seguros, com boa terra, soberania hídrica e, sobretudo, com condições de gerar renda. Regressar às áreas tomadas pelas águas na esperança que desastres como este não ocorram novamente é contar com o imprevisível e confiar que a justiça ambiental ocorrerá sem luta por terra. O desafio é grande, mas sem retomar a terra e subir florestas, não haverá equilíbrio ambiental.
Convocamos a todos os elos e núcleos de base da Teia, como também todas as pessoas sensíveis à causa, a somar nesta reconstrução, fortalecendo as frentes produtivas e as soberanias alimentar, energética e hídrica dos territórios afetados. Desta forma, nós, da Teia dos Povos, seguimos firmes com o objetivo de fortalecer a reconstrução das nossas comunidades de forma soberana, prezando pela aliança PRETA, INDÍGENA E POPULAR.
O QUE NOS UNE É MAIOR DO QUE TUDO AQUILO QUE NOS SEPARA! DIGA AO POVO QUE AVANCE, AVANÇAREMOS!
Irmãs e irmãos, Mestres e Mestras, Saudamos e desejamos que este comunicado os encontre bem e seguros. Após reunião dos núcleos que compõem a Teia dos Povos, deliberamos sobre a necessidade de adiarmos a nossa VII JORNADA DE AGROECOLOGIA DA BAHIA. O atual cenário é um chamado à reflexão e torna a jornada ainda mais necessária como instrumento de organização e construção do bem viver e da autonomia dos povos,…
A VII Jornada de Agroecologia da Bahia está adiada sem nova data em razão do desastre ambiental que vive a Bahia por conta das fortes chuvas e enchentes. Confira a nota completa.
Entre os dias 27 e 28 de novembro aconteceu a 1° Pré-Jornada de Agroecologia em São Paulo, promovida pelo Núcleo Pró-Teia dos Povos de SP. Reunidos em torno do lema “Terra, pão, trabalho e festa”, o evento promoveu o plantio de mudas no Parque dos Búfalos, zona sul da capital, além de um encontro com territórios, elos, povos e aliados no CDC, um espaço comunitário na zona leste.
O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu – Especialização em Educação do Campo tem como objetivo principal formar profissionais em nível de especialização latu sensu em Educação do Campo que atuam diretamente na rede pública de ensino, educadores populares e sociais que desenvolvam projetos ou ações socioeducativas envolvendo a população do campo, visando à valorização e a qualificação dos profissionais da Educação no e do Campo. Terá duração de 12 meses…
O Coletivo Caiçara de São Sebastião, Ilhabela e Caraguatatuba relembra a história das lutas pelo litoral de São Paulo para alertar da necessidade de alianças e refletem sobre a Pre-Jornada da Teia em SP.
Por Repórter Popular – RS Recentemente, completou um ano do ataque com pulverização aérea com agrotóxico em área vizinha ao assentamento Santa Rita de Cássia II, em Nova Santa Rita, cidade próxima à Porto Alegre. Relembre o caso, clicando aqui. Agora, no último dia 30 de novembro, as famílias da região voltaram a identificar novos indícios de voos de aeronaves pequenas, as mesmas usadas para a pulverização de agrotóxicos —…
Marcos e Maria Luíza, moradores da comunidade Diadema Kalunga, em Teresina de Goiás, iam de longe aprender no Assentamento Terra Vista. Ao final, foram de longe ensinar: Marcos e Maria Luíza.
A Saúde para as mulheres e homens da Bocaina não está na prateleira, nem nas teorias das grandes instituições, está no pé da serra, na beira da estrada, nos quintais das Marias e Cidos, está na Bocaina de cima, no caminho da nascente e no vale do Mocó.